Uma nova Gestão de Pessoas para o Centro Paula Souza

Foto: Gastão Guedes

O Centro Paula Souza (CPS) inicia hoje (1º) uma nova fase em sua trajetória: passa a valer a partir de agora a nova estrutura administrativa da instituição, oficializada pela Decreto nº 69.666/2025 e detalhada pela Portaria CEETEPS-GDS nº 4547/2025.

Com isso, a área de recursos humanos do CPS entra também em um novo cenário. A agora denominada Coordenadoria Geral de Gestão de Pessoas (CGGP) alinha-se ainda mais às demandas contemporâneas da gestão pública e ao compromisso com a valorização dos servidores. Essa mudança estrutural representa um marco na evolução da área de recursos humanos da instituição.

Trajetória de transformação

Historicamente, a gestão de pessoas no CPS passou por diversas fases, acompanhando o crescimento da instituição e a complexidade de suas operações. Em 1970, com a criação da autarquia no ano anterior, as atribuições da então Seção de Pessoal e Comunicações atinha-se às atividades típicas de departamento pessoal, como controle de pagamento, férias e frequência. Doze anos depois veio a primeira alteração nessa estrutura, surgindo o Serviço de Pessoal e Recursos Humanos, ainda muito focado na formalidade dos assentamentos funcionais e no pagamento. Nessa época, com apenas 17 unidades de ensino, as atividades de RH eram feitas de maneira centralizada.

A virada mais significativa ocorre em 1992, com a criação da Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH), que amplia o escopo da área para além do controle funcional, incorporando ações de desenvolvimento de pessoas. Em 1994, o CPS já contava com 114 unidades, evidenciando a necessidade de uma coordenação mais estruturada. Em 1997, a folha de pagamento passa a ser processada pela Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), abrindo caminho para novas modernizações. Esse processo culmina, em 2008, na criação da Unidade de Recursos Humanos (URH), que se manteve até a reestruturação de 2025.

Nos últimos anos, a participação ativa de servidores técnico-administrativos e docentes especialistas em projetos institucionais fortaleceu a modernização das práticas, consolidando uma gestão mais estratégica, participativa e alinhada aos valores da instituição.

Mais que uma mudança de nome

“Não se trata apenas de uma mudança de nomenclatura, mas sim de um reposicionamento estratégico da instituição”, esclarece Vicente Mellone Junior, coordenador geral de Gestão de Pessoas. “Saímos de uma Unidade de Recursos Humanos, historicamente situada em um contexto de processamento de demandas de pessoal, para uma Coordenadoria Geral de Gestão de Pessoas, muito mais voltada à integração dos objetivos organizacionais às políticas e práticas para o cuidado de quem trabalha em prol do desenvolvimento social, econômico e tecnológico do Estado de São Paulo”, disse.

A alteração no nome reflete uma mudança de paradigma na forma como a instituição compreende e valoriza seus servidores. A Coordenadoria Geral passa a atuar não apenas como executora de processos administrativos, mas também como articuladora de políticas voltadas ao desenvolvimento, bem-estar e engajamento dos profissionais das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais e da Administração Central, alinhando suas ações aos propósitos institucionais de forma mais ampla e sensível.

Nova estrutura

A nova estrutura da CGGP foi desenhada para garantir maior especialização, integração e eficiência na gestão de pessoas. Subordinam-se a ela duas coordenadorias: a Coordenadoria de Gestão Estratégica de Recursos Humanos (CGERH), responsável pela movimentação e controle funcional, e a Coordenadoria de Gestão de Talentos, Desenvolvimento de Pessoas e Bem-Estar (CGTDPBE), que cuida do aperfeiçoamento pedagógico, desenvolvimento profissional e bem-estar dos servidores.

Além disso, a estrutura conta com cinco superintendências: Gestão de Normas e Legislações de Pessoal (SGNLP), Gestão de Seleção de Docentes e Técnicos (SGSDT), Gestão de Pessoal da Administração Central e Contagem de Tempo (SGPCT), Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (SGSST), e Gestão de Folha de Pagamento (SGFP), cada uma com divisões e serviços específicos que asseguram o funcionamento técnico das ações de gestão de pessoas.

Essa nova configuração permite uma atuação mais articulada, com foco tanto na execução eficiente dos processos administrativos quanto na promoção de políticas voltadas ao desenvolvimento humano. A presença de divisões especializadas, como a de Segurança e Medicina do Trabalho, e serviços como o de Promoção da Saúde e o de Execução de Certames Públicos, por exemplo, evidencia o compromisso da instituição com a valorização dos servidores e com a construção de um ambiente de trabalho mais saudável, justo e alinhado aos objetivos institucionais.